Thursday, December 23, 2010

Enfim, Velejando!



Estamos com dificuldade de inserir fotos no Blog. Temos muitas fotos publicadas no link http://picasaweb.google.com/francismaglia


Bem, é chegada a hora de partir de Samoa. Obrigado a todos os samoanos pela amizade. Dirigindo pelo interior da ilha de Upolu, muitas pessoas naturalmente acenam para quem passa. Os samoanos parecem tentar manter as tradições da Ilha. Os homens geralmente usam sarongue, chamados de lavalava. Chama atenção os túmulos de familiares comumente situados em frente as casas dos moradores dos inúmeros vilarejos, assim como as denominadas "Casas dos Mortos", uma construção sem paredes dedicada aos ancestrais e usada diariamente para orações.



Saindo da baía de Apia, Infinity foi a motor até o extremo sul do arquipélago e, finalmente, “IÇAR TODAS AS VELAS”! Ótimo ouvir esta ordem do capitão e desligar do motor. Isso aconteceu em 25 de Novembro, algumas horas após zarparmos do nosso ancoradouro (13º 49S, 171º 45W), no leste de da ilha de Upolu, em Samoa Ocidental.

Inicialmente, faríamos o trajeto Samoa - Nova Zelândia com uma parada em Fiji, para limparmos o casco do navio. Entretanto, o capitão decidiu alterar a parada de Fiji para Tonga, pelas prováveis severas condições do tempo em Fiji. Ótima surpresa. Fomos recebidos em Tonga por um grupo de golfinhos, muitos atuns capturados em nossas linhas (sashimi para o jantar!) e uma água com visibilidade maravilhosa (~ 25m).




Nosso ancoradouro era rodeado pelos paradisíacos atóis de Nomuca Ika (foto), Ava Ano e Fuiva Mui (20 º 16S, 174 º 49W).



Durante cerca de três horas o casco foi limpo de cracas e outros criaturas, incluindo caranguejos minúsculos (!). Esta limpeza é necess’aria sempre que há muito destes seres aderidos ao casco para diminuir o arrasto hidrodinamico e também para atender aos requisitos de entrada na Nova Zelândia, que tem regulamentos severos quanto a infestação do País por espécies exóticas. Meia hora depois de terminar a tarefa, o tempo mudou de um lindo dia para trombas d’água e vento suficiente para nos permitir retomar o nossa viagem a Nova Zelândia.


Porém, vento não estava cooperando muito, e depois de velejar algumas horas, tivemos que usar o motor por cerca de 12 horas, afim de nos afastarmos de ilhas e recifes - não é uma boa idéia permanecer à deriva em tais condições. Depois disso, várias tentativas de seguir com o vento. Velas de cima para baixo, muitas vezes, até que o vento definitivamente sumiu por quase dois dias. Ficamos então derivando a umas 10 milhas a Leste de uma ilha chamada Ata (latitude 22º 21S, 176º 07W).




Em um dado momento começamos a pensar que estávamos, por assim dizer, sendo seguros pela tal ilha. Parecia estar constantemente nos observando, sempre por boreste. Nenhum peixe ao redor do barco, estranhas faixas de algas cercavam o Infinity, vindas aparentemente da ilha, algumas poucas aves, e nenhum vento! Por estarmos parados, as swells (ondas vindas de longe) começaram a rolar o navio com tamanha amplitude que pareciam esta aplicando alguma punição à tripulação. Qualquer objeto solto voava pelas cabines. Cozinhar parecia esporte radical. O capitão encontrou registros sobre uma ilha no Reino de Tonga, com o mesmo nome desta (porém não tinhamos certeza ser a mesma, pois não encontramos sua posição) que havia sido uma prisão de Tonga. Isso foi realmente estranho.


Porém, às 4:30 da manhã do dia 02 de Dezembro, o vento finalmente começou a soprar, e então começamos a velejar a +- 5 nós no curso 206º, quase na direção de Auckland.


Durante toda nossa viagem, fomos presenteados com visitas de golfinhos curioso quase todos os dias. No dia 9 de Dezembro, aprox. quatro dias antes da nossa chegada prevista em Auckland, fomos surpreendidos por um avião realizando um rasante a cerca de 100m a nosso boreste. A esta altura, não viamos sinais de civilização a vários dias. O VHF estava meio “esquecido”, devido à nossa óbvia remota localização. Rapidamente, pelo canal 16, o Imediato entrou em contato com o inesperado visitante que se identificou como da Autoridade Aduaneira da Nova Zelândia. Perguntou o nosso destino e e previsão de chegada. "Aqui é Infinity, Infinity, Infinity, nos encaminhamos para Auckland e acreditamos lá chegar em quatro dias". O piloto terminou: "Roger", e

desapareceu no horizonte, para oeste.


Poucas horas depois, às 16:30, a caminho de leste para oeste, chegamos a longitude 179º59,99E, a “linha do dia” verdadeira. Isto significa que, à partir desta posição, não estavamos mais no dia 9 de Dezembro, e sim, no dia 10. “Avançamos no tempo”.


Os membros da tripulação que cruzariam esta linha pela primeira vez, pela tradição dos mares, são acusados por Netuno pela suas faltas. Em seguida, julgados e punidos de acordo com as leis aplicáveis de Netuno a todas as criaturas que ousam cruzar tal longitude. Todos julgados e condenados, foram punidos com uma caneca de água salgada na cabeça e uma bela rodada de rum, que foi obviamente também oferecido, generosamente, a Netuno.


Durante toda a passagem, a tripulação foi dividida em equipes destinadas a watchs e cozinha/limpeza. Quando a equipe está em watch deve conduzir o navio na direção determinada, certificando-se de velas e todos os outros aspectos de segurança da navegação, em todos os momentos e registrar, de hora em hora, a pressão barométrica, condições metereológicas, vento, velocidade do navio em relação ao solo, rumo verdadeiro e magnético, a posição

(GPS), condições de convés, situação do gerador, motor dessalinizador (ligados/desligados) e qualquer outro fato relevante durante seu turno.



Durante a passagem Samoa-NZ, cada turno teve duração de duas horas, duas vezes por dia. Quando cozinhando e limpando, as equipes são responsáveis pelo jantar, café da manhã e almoço. Durante este trabalho, a equipe não é assinalada para cumprir watches.


Estar trabalhando no watch costuma representar, além de responsabilidade é claro, muita diversão! Para aqueles em watch nas madrugadas, o céu é um grande presente da natureza. A via-láctea, centenas de estrelas cadentes, pássaros que nos acompanham (2 deles acabara se chocando com as velas e pousaram no convés, e depois de um descanso, seguiram seus caminhos).



UFOs em zig-zag (asseguram alguns membros da tripulação em serviço...), a luz da lua. Uma beleza indescritível. Se estiver muito frio ou chovendo (ou ambos), é claro que não é tão engraçado. Mas isto é velejar! E não há frio que resista a uma generosa caneca de café ou chá quente, sempre (quase) disponível na cozinha.


Durante o dia, a tripulação pode observar, além dos assíduos golfinhos, baleias, tubarões, aves e Dourados que decidem seguir-nos, às vezes, durante dias. Não faltam coloridas medusas, peixes pulando ao redor do navio e a linha de pesca sempre lançada (pescamos 8 atuns num só dia!), boas leituras, muito boa música no deck e salão e, quase todos os dias, comida deliciosa.





Além das atividades marinheiras, todos os membros da tripulação estão envolvidos nos projetos ambientais da organização Infinity Sea Tribe. O principal, atualmente, é chamado Infiftyyears, a ser lançado em muito breve, no site www.infiftyyears.org.



Para a tripulação com visão apurada para seres marinhos, é possível encontrar flutuando nas proximidades do barco, em um longo dia sem vento, criaturas interessantes, como esta pequenina a lesma colorida da foto, que foi por alguns minutos “sequestradas” das proximidades da popa do Infinity, onde nadava tranquilamente. O oceano é de fato surpreendente, todos os dias.




A comida é um capítulo a parte no Infinity. A tripulação é realmente talentosa e conta com uma vasta biblioteca de livros de culinária. Nossa dieta nesta passagem foi baseada em sementes, muito atum fresco, surpreendentes pães caseiros frescos, todas as manhãs, massas, etc. Sempre muito temperados pelos chefs do dia. Impressionante!





Para aqueles que pensam (como nós também pensavamos) que deve ser difícil comer bem num barco em cruzeiro, podemos dizer que a cozinha do Infinity se parece muito mais com uma taberna multi-gastronômica do que para uma loja de fast food. E nós, do dfE, estamos descobrindo quão saborosa pode ser a cozinha de base vegetariana e de pescados.



Bom, podemos dizer que estamos aumentando o nosso apreço por coisas simples como pescar, contemplar, praticar Yoga, meditar, relaxar, ler muito e aproveitar lentamente as deliciosa cousine do Infinity.


Após 20 dias de passagem, chegamos em Auckland em 15 de dezembro e, depois da alfândega, ancoramos ao lado da ponte Auckland Harbour. Logo no primeiro dia, vimos uma arraia gigante nadando calmamente através do cais da Marina. Uma senhora nos disse que o animal vive por ali há muitos anos e não é incomodado por pessoas ou barcos. Desnecessário mencionar como são limpas e saudáveis as águas da baía de Auckland, se comparadas a maioria das outras zonas portuárias do mundo.


Atualmente, a Infinity está ancorado em uma marina do Viaduct Harbour. A equipe está agora envolvida na manutenção e reparos do barco e na preparação para o Natal.


Em 28 de Dezembro, Infinity vai zarpar para uma viagem de uma semana, com alguns tripulantes da Nova Zelândia, membros da organização LoveYourCoast, para um projeto de limpeza de praias e recifes, dentro de uma reserva natural na Baía de Auckland. A equipe do Infinity espera muito aprendizado, ação conservacionista e diversão nesta viagem.


Assim, nós, os membros do dfE, estamos muito felizes por podermos ser membros da tripulação do Infinity e principalmente por estarmos tendo sucesso no projeto de reduzir nosso consumo, vivendo com muita alegria nas águas e terras do Pacífico!



Desejamos aos nossos amigos, visitantes e as nossas famílias um maravilhoso Natal, um 2011 com menos consumo e pleno de alegrias e simplicidade!




Abraços piratas!


Francis e Raquel


Wednesday, November 17, 2010

Chegamos em Samoa!



Enfim, desacelerados. Emissões muito baixas começam efetivamente.


A bordo do Infinity! Após uma pausa de seis dias em San Francisco, chegamos enfim na ilha de Samoa. O veleiro Infinity é maravilhoso!


Recebemos uma cabine com duas camas onde, literalmente, cabem TODOS os nossos objetos pessoais (e ainda sobrou algum espaço!) Por TODOS objetos, queremos dizer tudo o que temos exceto alguns documentos, livros e objetos que deixamos no Brasil. E podemos dizer que estamos mais livres e muito felizes com tudo isso!


A Tripulação do Infinity é uma diversidade de nacionalidades. Entretanto, nestes poucos dias já foi possível perceber quão comprometidos eles são com a filosofia da Organização, seja pela natureza das pessoas que participam, seja por suas experiências no Infinity. Agradecimento especial ao Capitão Sheriden e a Diretora de Sustentabilidade e Meio Ambiente Annie, pela amável recepção, o que nos fez sentir em casa, e cientes da maneira responsável com que tudo é conduzido no Inifiity.





Dúvidas sobre as ameaças do Aquecimento Global? Visite San Francisco, na California


Fantástica visita a cidade onde Alcatraz e a Ponte Golden Gate são atrações tradicionais. Como o estado da California, San Francisco é vanguardista em pesquisas e conscientização

sobre aquecimento global. Para quem ainda tem dúvidas sobre o que é (ou não é) verdade sobre este tema, não pode perder a oportunidade de visitar a mostra sobre o assunto na California Science Academy.

No gráfico ao lado pode-se ver o drástico crescimento da emissão de carbono na atmosfera, que iniciou no século 19, justamente quando se deu o boom da revolução industrial, assim como as demandas humanas sem precedentes por conforto e por locomoçã

o.

Somente o gráfico não conta a história toda. Mas resume muitos anos de estudos sérios sobre o abrupto crescimento global. De acordo com informações na mostra, 97% dos cientistas envolvidos no assunto concordam que a Terra esta sob séria ameaça por conta das emissões provocadas pelo homem, o que tem sido entendido como o maior problema a ser enfrentado pela humanidade, em todos os tempos. Surge então uma pergunta: “Como tudo isso afeta nossa vida cotidiana?” Honestamente, achamos que a pergunta deve ser reformulada como “Como nossa vida cotidiana afeta a Terra, nosso habitat?”


Um Grande abraço pirata aos visitantes e amigos!

Monday, September 27, 2010

Soltando as amarras!

Nos arranjos finais para a partida, constatamos a imensa quantidade de vínculos que criamos. Com a certeza de que muito mais está por vir, segue aí o que temos realizado:

Aceite como voluntários na Expedição Infinity. OK!
Habilitação de arraes amador. OK!
Desligamento do emprego em Setembro/2010. OK!
Passaporte e vistos para entrada nos EUA. OK!
Documentação para entrada nas Ilhas Samoa. OK!
Compra da perna Rio – San Francisco com milhas (ida apenas). OK!
Compra da perna San Francisco – Apia (Ilhas Samoa) com cartão de crédito brasileiro.OK!
Venda da Land Rover. OK!


Em andamento:

Venda do Ford Focus. Tentando!
Aluguel do AP. Tentando!
Cancelamento do plano de pedágio livre. Tentando!
Cancelamento cartão de crédito adicional. Desafio!!!
Atualização de endereço (para a residência dos familiares) nos bancos, Ministério do Trabalho, Previdência, etc. Desafio!!!
Seguro viagem aderente à atividade embarcada para residentes no Brasil. Desafio!!!
Habilitação de mergulhador autônomo. Em processo!
Compra do Macbook. Em processo!

Bazar Desacelerando pela Terra. Em execução de 28/09 a 02/10 no Recreio. A casa toda à venda, até mesmo os sapatos!

Mas o mais importante em tudo isso é o carinho e incentivo dos familiares e amigos!

Nosso especial agradecimento ao padrinho Pedro, que nos apoiou e abençoou quando soube da nossa idéia de velejar pelo Planeta. Se hoje estamos prontos para o embarque na Expedição Infinity, é porque temos o apoio não só de Pedro, mas de todos aqueles que amamos. Lu Hitomi, adoramos a surpresa! Não sabemos como agradecer.

Familiares e amigos, agradecemos com todo o nosso coração!



Wednesday, July 21, 2010

Parceria com a Infinity Sea Tribe

Gostaríamos de compartilhar um passo muito importante para o projeto Desaclerando pela Terra: fomos aceitos como voluntários, à partir de Novembro, na organização Infinity Sea Tribe!



Esta organização realiza uma Expedição de longo prazo, chamada Infinity Expedition, com membros de diversas nacionalidades, e se desenvolve nas regiões da Melanésia, Polinésia e Micronésia, no Pacífico Sul, a bordo do veleiro "Infinity", de 120
pés.


Juntamente com a Infinity Sea Tribe, teremos a oportunidade real de viver sustentavelmente, em forte colinearidade com o objetivo do nosso projeto.


Esta é uma oportunidade para um grande começo. Por isso, somos muito gratos a Infinity Sea Tribe por nos acolher a bordo do fantástico Infinity!

“Pirate hugs”!

Wednesday, June 30, 2010

Mais sobre Desacelerar

"Desacelerando" pode ser uma palavra incomum quando se fala em estilo de vida. Mesmo para nós que estamos embarcando nesta desaceleração, ainda há muitas perguntas não respondidas. Uma grande fonte de informação para minimizar nossas dúvidas e para a nossa inspiração é o website de Sally Lever, que trabalha como escritora, educadora e coach para a sustentabilidade e downshifting. Valerá a pena gastar algum tempo na sua página, que é bem organizada e esclarecedora.

Wednesday, June 23, 2010

Bem-vindos ao Projeto "desacelerando pela Terra"

Objetivo

Desacelerando pela Terra é essencialmente um projeto de vida de duas pessoas com a intenção de, em todos os aspectos, levar adiante a idéia de diminuir drasticamente as emissões de carbono até gerar, durante pelo menos um ano, descargas inferiores a 2 (duas) toneladas anuais, enquanto viajam pelo mundo em busca de alegria, junto à natureza.

Conceitos e idéias

Está idéia não é nova. Já há no pensamento de vanguarda de vários países uma consciência, em franca disseminação, de que, junto com o acelerado desenvolvimento tecnológico para disponibilização de energias limpas, para evitar o colapso amplo dos serviços que a natureza presta a Humanidade é imprescindível que os indivíduos (e suas sociedades), reduzam drasticamente o seu consumo médio de energia.

Este conceito – ou movimento – de Desaceleração do consumo em defesa do equilíbrio do Planeta é conhecido na França com “Decroissant” e, em Inglês, como “downshifting”, termo que vamos adotar neste blog pela abrangência mais global que representa.

No Brasil também já há um grande movimento de vanguarda apontando nesta direção. Já em 1997 o Prof. J. W. Bautista Vidal nos oferecia uma ampla discussão sobre a equação “disponibilidade de energia X consumo”. No seu compêndio “A Reconquista do Brasil” (1997, Ed. Espaço e Tempo, RJ) ele expõe a fragilidade do Planeta com uma população superconsumidora de energia não renovável, e propõe uma série de soluções políticas e tecnológicas inéditas até hoje, ou muito pouco exploradas. Como exemplo, exaltamos a utilização extensiva do reator de fusão nuclear disponível principalmente no hemisfério Sul: o Sol (!).


Entretanto, como na maioria dos grandes países consumidores, no Brasil ainda predomina o entendimento que apenas o desenvolvimento tecnológico seria capaz de reduzir as emissões aos níveis toleráveis pelo Planeta.

Não obstante, uma visão ampliada que considera as Leis da Termodinâmica, concluímos que, mesmo com o desenvolvimento tecnológico acelerado que vivemos, não há perspectiva de disponibilidade de energia limpa para uma população já é, em média, superconsumidora e se comporta indicando desejo de aumento do superconsumo individual. Aumentando a pressão sobre os recursos, observa-se ainda que a polulação da Terra cresce rapidamente. Somos hoje aproximadamente 6,8 bilhões de habitantes.

Em adição a esta conclusão, o paradigma dominante do crescimento econômico faz a perspectiva de redução efetiva das emissões parecer uma frágil e longínqua idéia.

As Premissas do Projeto Downshifting for Earth

Acreditamos que o "crescimento econômico" em si, é um paradigma. Assim, assumimos que este não é essencial à Humanidade e, certamente precisa ser questionado quanto a sua contribuição ao real desenvolvimento das sociedades.

Além disso, acreditamos que e explosão de crescimento que as Sociedades experimentaram nos últimos séculos causou, e continua causando, prejuízos incontestáveis à Terra como o aquecimento global, o desequilíbrio generalizado e destruição em massa de muitos sistemas Naturais.

Outra premissa capital deste projeto é que nós amamos a beleza da natureza; que esta nos proporciona muita satisfação. Nós pretendemos viver com esta natureza antes que seja – possivelmente – devastada de maneira irreparável.

Isto pode conotar uma perspectiva egoísta do Projeto, e nós concordamos, é. No entanto, estaríamos falhando se insistíssemos que o objetivo seja apenas "proporcionar condições para as gerações futuras". Estamos certos de que a nossa proposta de convivência intensa com a natureza, fazendo-o com um footprint (termo utilizado para definir a emissão individual de Carbono) mínimo, contribuirá para a redução do superconsumo médio global e estimulará a discussão sobre a necessidade de downshifting. Isto deve resultar em efeitos positivos para os seres humanos que vivem no planeta e também para aqueles que ainda vão nascer.


Como vamos medir o atingimento do objetivo

A intenção deste blog é compartilhar nossas experiências e os progressos no caminho para a desaceleração no nosso consumo.

Depois de avaliar alguns métodos de calculo de footprint, nós escolhemos o Inglês “Britain’s Carbon Reduction Commitment” (BCRC) [©]. Empregando esta ferramenta, avaliaremos o nosso progresso antes de lançar e durante o projeto. Chamaremos estas medições de Downshifting Report.

Como referência inicial, a figura abaixo mostra nosso footprint médio calculado para o ano de 2007. Muito alto se comparado com a média do Brasil ou com o objetivo mundial, divulgado pelo BCRC:

Este elevado volume de carbono é principalmente relacionado a viagens a trabalho ao exterior, cerca de 5 por ano, muito comum a empregados Empresas e corporações internacionais. Mas também a utilização extensiva de veículo, consumo de equipamentos eletrônicos, de produtos importados e/ou com embalagens superdimensionadas, etc.


Além do Downshifting Report, teremos imenso prazer em atualizar nosso blog para compartilhar histórias, fotos e vídeos que certamente iremos recolher durante esta jornada, que é sem dúvida, a mais desafiadora que já assumimos, e que acaba de começar.

Interatividade e Aprendizagem
Como este Projeto é um desafio, sabemos que teremos muito que aprender até atingirmos o objetivo. Por isto, cada comentário seu, sugestão, idéia e crítica será absolutamente muito bem-vindo!

Conquista do Objetivo

De antemão, nós convidamos a todos, nossos amigos, downshifters e visitantes do blog para celebrar a atingimento do objetivo, quando este for atingido, que estabelecemos como:

Passar um ano, pelo menos, viajando ao redor da Terra, com alegria, à um footprint inferior a duas (2) toneladas de carbono por ano, por pessoa!


Muito obrigado pela sua visita e Bons ventos!